Em 2023, pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, realizaram um dos maiores estudos sobre o assunto. A equipe de pesquisa coletou dados de mais de 50 mil pessoas com idades entre 18 e 90 anos, em 195 países. No estudo, o resultado mostrou que as mulheres obtiveram pontuações mais elevadas do que os homens no uso problemático de smartphones.
Um dos primeiros sinais de dependência ao celular é o uso compulsivo do dispositivo, mesmo em momentos inadequados. Quando uma pessoa sente necessidade de checar o smartphone a cada notificação ou de forma constante, mesmo durante compromissos importantes, pode ser um indício de vício.
Outro sinal comum é a ansiedade quando a pessoa está sem o aparelho. Conhecido como nomofobia, essa condição descreve o medo irracional de ficar sem o celular, gerando sentimentos de angústia, inquietação e até sintomas físicos, como sudorese e taquicardia.
O uso excessivo do celular pode levar ao isolamento social, substituindo interações presenciais por conversas virtuais. Esse comportamento afeta negativamente as relações interpessoais e pode resultar em solidão e depressão.
A incapacidade de focar em tarefas diárias sem checar o celular é outro sinal de dependência. O uso frequente do aparelho durante o trabalho ou os estudos pode diminuir a produtividade, afetando o desempenho profissional e acadêmico.
Muitas pessoas que usam o celular até tarde da noite enfrentam dificuldades para dormir. A luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono, prejudicando o descanso e aumentando o risco de insônia.
A dependência ao celular pode desencadear diversos problemas de saúde. A exposição prolongada às telas pode causar fadiga ocular digital, dores musculares e na coluna, além de problemas no sono. No campo mental, o vício em celular está associado ao aumento da ansiedade, depressão e distúrbios relacionados ao estresse. Além disso, o isolamento social pode agravar problemas psicológicos preexistentes, comprometendo a qualidade de vida.
Reconhecer os sinais de dependência é o primeiro passo para retomar o controle. Caso esses comportamentos estejam interferindo na rotina, é recomendável buscar a orientação de um profissional da saúde, como psicólogos ou psiquiatras, que podem ajudar a desenvolver estratégias para reduzir o uso excessivo e promover uma relação mais saudável com a tecnologia.
Estar atento aos sinais de dependência ao celular é essencial para evitar os impactos negativos na saúde. A tecnologia deve ser uma ferramenta que melhora a vida, e não uma fonte de prejuízos físicos e emocionais. Para manter o equilíbrio, é importante impor limites e priorizar momentos de desconexão. O cuidado com a saúde passa pelo equilíbrio entre corpo e mente, e isso exige atenção aos sinais, e a busca por orientação profissional ao menor sinal de dependência.
Ser humano em foco
Especialista em Escuta qualificada, Amanda Souza é psicanalista com 5 anos de experiência, e atende pacientes em seu consultório no Rio de Janeiro (RJ), além de manter um canal nas redes sociais @serhumanoemfoco, onde concentra o atendimento de pacientes de fora do Rio, em vários estados do país, Europa e EUA. Amanda tem expertise no cuidado com a saúde mental, e através do seu trabalho tem colaborado para o equilíbrio físico e mental de centenas de pessoas.
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KARINA DA SILVA SOUZA PINTO
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