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16/06/2023 às 15h14min - Atualizada em 17/06/2023 às 00h00min

Pesquisadores buscam vacina contra a febre maculosa

Conduzido pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP e publicado na revista Parasites & Vectors, estudo conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

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Estudo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) identificou uma forma de reduzir o crescimento da bactéria causadora da febre maculosa nos carrapatos e tornar o aracnídeo mais resistente à infecção. O conhecimento desse mecanismo de interação entre hospedeiro e bactéria permite avançar em metodologias para desenvolvimento de vacinas.



A pesquisa é baseada em estudos anteriores que mostraram que a bactéria Rickettsia rickettsii, que provoca a febre maculosa, inibe a morte das células do carrapato, o que favorece o crescimento do animal, dando mais tempo para a bactéria se proliferar e infectar novas células.



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O artigo, publicado na revista Parasites & Vectors, demonstrou a possibilidade de silenciar o gene da principal proteína responsável por impedir a morte programada das células, chamada de apoptose, no carrapato-estrela.



De acordo com a professora do Departamento de Parasitologia do ICB-USP e coordenadora do estudo, Andrea Cristina Fogaça, a alimentação dos carrapatos foi reproduzida em laboratório, com sangue de coelhos infectados e não infectados por Rickettsia rickettsii e, independentemente da infecção, os parasitas morriam ao se alimentar, o que indicou a possibilidade não só de bloquear a infecção como de conter e diminuir população nos hospedeiros.



“O que meu grupo de pesquisa estuda são as interações que acontecem entre o carrapato e a bactéria que causa essa doença. Nosso objetivo com a pesquisa foi o de entender quais são as interações e as moléculas que são importantes para a interação entre a bactéria e o vetor, porque queremos identificar alguns potenciais alvos para o desenvolvimento de vacinas, tanto para diminuição da população do carrapato como para o bloqueio da transmissão da bactéria”, explicou a pesquisadora.



Ainda não há previsão para a produção de uma vacina contra a febre maculosa, porque novos estudos serão conduzidos nesse sentido. “Não temos no horizonte próximo a perspectiva de uma vacina disponível. E se tivermos e quando tivermos, vamos conseguir uma redução da população do carrapato. Eu acredito que essa proteína levará também a proteção dos animais que são utilizados pelo carrapato para se alimentar, como cavalos, e termos uma redução da população de carrapatos que transmitem a bactéria”, disse.



Os próximos passos da pesquisa são confirmar que a alimentação sanguínea é realmente o fator que promove a apoptose pela produção de espécies reativas de oxigênio e, possivelmente, expandir os experimentos para outras espécies de carrapato.



A pesquisa foi conduzida com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).



 



*A matéria foi atualizada às 17h32 para esclarecer melhor a pesquisa 




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-06/pesquisadores-buscam-vacina-contra-febre-maculosa

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